terça-feira, 29 de dezembro de 2009

Os Sambaquis – Arqueologia do Litoral Brasileiro - Madu Gaspar



Arqueólogos de todo o mundo, já passaram em diversos pontos do litoral brasileiro, principalmente  pelos lados do Baixo Amazonas e identificaram Sambaquis, que segundo eles, ultrapassam a mais de 30 metros de altura e os denominaram como Sambaquis Brasileiros. Esse “lixo” tem entre aproximadamente 500 a 6500 anos.
O nome Sambaqui, vem do Tupi, Tamba (concha) e Qui (amontoado).
Madu Gaspar colheu informações muito importantes sobre o assunto e pode elucidar outros arqueólogos  que  por acaso tentem abordar esse tema.
Normalmente os Sambaquis são localizados próximos a florestas, mares e rios. Os Sambaquis sintetizam a “pré-história” brasileira e começaram a ser observados em meados do século XIX.
Logo no início do século XX, Ricardo Krone, que estudava os Sambaquis da região do Vale do Ribeira, concluiu que a mudança do nível do mar influía bastante para a migração dos Sambaquis para regiões de florestas  e vales.
Os estudos sobre esse assunto começaram a evoluir ainda mais, por volta dos anos 50, pois nesta década a arqueologia brasileira começava a se modernizar e introduzir uma nova técnica chamada de DATAÇÕES CARBÔNICAS que permitia assim, que as diversas espécies de Sambaquis fossem avaliadas com maior e melhor precisão quanto a questão de sua idade.

Essa técnica que foi considerada pioneira permitia ter uma idéia mais precisa sobre o tempo em que foram habitados se estimando em até 1000 anos. Pode-se então afirmar que eles não eram nômades.
Com a Lei Federal 3925 foram tornados patrimônio nacional. Essa lei seria uma lei protetora dos sítios arqueológicos.
A partir da década de 70, os arqueólogos começaram a dar uma atenção bem maior a esse tipo de pesquisa e então se aprofundaram em ter um melhor conhecimento dos Sambaquis.
Mas, na verdade, os Sambaquis só passaram a ser considerados como conjunto, a partir de 1990, permitindo então aos Sambaqueiros ter hierarquias próprias e um status de maios nível na sociedade.


A arqueóloga Maria Dulce Gaspar que escreveu um livro sobre os Sambaquis, descreve das hipóteses sobre o assunto, uma das mais prováveis é a de que são provas preservadas pelo tempo e considera que as conchas encontram-se melhor conservadas do que as espinhas de peixes, por exemplo. Mas, que por sua vez essas espinhas de peixes, são em número bem menores do que frutos, animais de pequeno porte e até folhas.
Neste livro a arqueóloga nos oferece algumas explicações sobre as diferentes espécies de Sambaquis, nos levando a crer que eles vinham em grupos de no mínimo 3 e podiam se comunicar e ter um tipo de controle visual uns sobre os outros.
Alguns arqueólogos consideram que até ossos de tubarões já foram encontrados nos sítios de Sambaquis Brasileiros.
Maria Dulce, no entanto, no entanto esclarece que esses povos eram extremamente pacíficos e, portanto sabiam conviver uns com os outros.
A autora revela vários pontos, mas mesmo assim, são muito vagos para sabermos realmente a verdadeira origem dos Sambaquis.


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